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O carro movido a ar comprimido da MDI

Imagine um carro tão ecologicamente correto que o gás expelido pode ser usado para alimentar o sistema de condicionamento de ar do veículo. Imagine ainda que você gasta R$4,00 para rodar com ele por 200km. E imagine que você possa comprar esse carro por R$18.000,00. Tentador, não?

Isso é o que promete o carro a ar comprimido da francesa MDI, de Guy Nègre, ex-engenheiro da Fórmula 1. O motor movido a ar comprimido não é nenhuma novidade; muito pelo contrário, foi criado no século XIX. Mas esse tipo de motor sempre teve uma limitação: ou a autonomia seria muito baixa ou o reservatório deveria ser enorme. E é aí que surge o ‘pulo do gato’ da MDI: o motor comprime o ar atmosférico. O ar comprimido do reservatório é usado em pequena quantidade para gerar a compressão do ar atmosférico e assim aumentar em muito a viabilidade do projeto. Além disso, um sistema de biela especial, criado pela MDI, mantém o cilindo em compressão por quase metade do ciclo, aumentando a pressão do ar. Esse tipo de veículo é chamado de CAT (Compressed Air Techonogly).

A idéia da MDI é fabricar o carro em um sistema de licenciamento. O investidor entra com o dinheiro e a MDI monta a fábrica. Os primeiros carros já estão sendo fabricados na Índia, pela TATA. Ao todo, são 500 licenças pelo mundo (sete no Brasil), com 70 já reservadas.

Obviamente, o veículo tem suas limitações. O motor tem apenas 2 cilindros de 500 cc, com potência de 25cv. Também possui apenas duas marchas: para frente e ré e não passa dos 130km/h.

São 4 modelos previstos: um carro “família”, um taxi, uma van e uma pickup. Claramente o foco principal são veículos de trabalho, mas não há como negar que não há espaço para esses carrinhos nas ruas de alguma metrópole poluída de terceiro mundo.

11, fevereiro, 2008 at 3:26 pm 13 comentários

A saga para vender um carro usado

Vender um carro usado está mais difícil. Teoricamente mais seguro, mas certamente mais confuso. A PORTARIA DETRAN Nº 2000, DE 07 DE NOVEMBRO DE 2006 e a Resolução CONTRAN n° 199, de 25 de agosto de 2006 determinam que agora, além do decalque do chassis, é necessário decalque do número do motor do veículo. O conceito é perfeito. O Detran tem um cadastro da numeração do motor e daí basta verificar se a numeração bate para inibir o comércio de motores adquiridos de forma ilícita.

Mas daí chegam as complicações…

1. Na maioria dos carros, não é possível tirar um decalque do motor. A legislação pensou nisso e permite que, ao invés de decalque, seja fornecida foto da numeração.

2. Nem todos os motores têm a numeração acessível ou padronizada. Talvez dois carros do mesmo ano e modelo tenham a numeração do motor gravada em locais diferentes. Hummm… Pode dar trabalho achar a gravação sozinho (no meu caso foi preciso levantar o carro e usar uma lanterna).

3. E para alguns carros, você precisa tirar o filtro de ar para acessar a tal numeração.

4. Pior ainda: tem gente que não acha a numeração do seu motor. No Google existem milhares de mensagens de pessoas desesperadas.

5. Carros mais antigos simplesmente não têm numeração. Nesse caso, você pode fazer uma declaração de próprio punho (veja) se responsabilizando pela origem do motor e o Detran vai determinar que seja feita uma gravação nova.

6. Em alguns casos a numeração do motor não bate com o cadastro do Detran, ainda que você tenha certeza que o motor é original. Nesse caso, é preciso entrar em contato com a montadora (através do 0800) e solicitar uma carta-laudo que contém a numeração original do motor do carro.

7. Em outros casos (esse foi o meu) a numeração está perfeita, mas o padrão de gravação não bate. A concessionária para a qual eu estou vendendo o carro indicou uma empresa para fazer a perícia que chegou à conclusão que a gravação não era original. A gravação do meu carro deveria ser em pontos (primeira foto abaixo) e a do meu carro é reta (segunda foto). Foi uma briga para conseguir que alterassem o laudo para “aprovado”.

Hoje, antes de vender o carro, é importante verificar se a numeração do motor está OK, sob risco de não conseguir entregar o carro. Antes era só ir ao cartório assinar o documento. Agora, a venda pode dar uma dor de cabeça e, na maioria dos casos, não por culpa do proprietário. E prepare-se para gastar de R$30 a R$100 para conseguir a foto, provavelmente com um laudo que você não faz a menor questão de tirar.
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4, julho, 2007 at 7:08 pm 11 comentários


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